Prezados
leitores a proposta ao escrever esse artigo surgiu de indagações acerca das
diferenças que norteiam o entendimento sobre o bullying e o assédio moral, e
acredito que para muitos pode ter ocorrido essa dúvida de quais seriam essas
diferenças e similitudes, então começamos a refletir sobre a provável relação
que poderia existir.
Bem, em ambas as
hipóteses estão presentes violência psicológica, intencional e reincidente,
sendo praticada por um terceiro e não invariavelmente é executada dentro de uma
relação com certa desigualdade onde prevalece um certo tipo de poder que esse
terceiro exerce sobre a vítima.
Observemos que
nos casos de bullying estão presentes tanto a violência física quanto a
psicológica e enquanto no assédio moral há predominância da violência
psicológica, e ainda que ausente a violência física propriamente dita nessa
última hipótese, pode ocorrer por via obliqua, pois a violência psicológica
pode ocorrer em proporções que coloquem em risco a saúde física e mental de
quem sofre o assédio moral.
É muito comum a
ocorrência de vítimas de assédio moral que tenham sofrido doenças como a
psoríase, síndrome do pânico, entre outros e isto pode-se dizer que acarreta em
violência com desdobramentos físicos.
Então podemos
indagar qual seria uma boa definição para que possamos tentar compreender o que
é o assédio moral e a melhor ideia é que se trata de um comportamento
desagradável ou incomodo a que alguém é exposto por repetidas vezes, sendo que é
mais comum a ocorrência em relações de trabalho com hierarquias autoritárias,
predominando condutas negativas e relações desumanas e desestabilizam a vítima
forçando-a a desistir do emprego. Nessa situação a vítima escolhida é
hostilizada sem explicações, passando a ser ridicularizada, humilhada e
desacreditada diante de seus colegas de trabalho, e é justamente temendo o
desemprego que faz com que a vítima acabe ficando isolada dos demais colegas de
trabalho por temerem que o mesmo assédio moral possa ocorrer com eles, que
passam a romper laços afetivos com a vítima e muitas vezes a reproduzirem o assédio
moral que a chefia hierárquica pratica e toda essa situação levam a vítima a
paulatinamente ficar fragilizada e perdendo a autoestima.
Enquanto que o
bullying é aquele tipo de violência que ocorre predominantemente em ambiente
escolar, de forma repetitiva, entre alunos, e decorre de situações de agressões
verbais ou físicas e são intencionais utilizado por meio de ameaças,
intimidações, humilhações, agressões, etc. Mas, o bullying também pode ocorrer
em contexto social, familiar, na vizinhança, por exemplo.
O que ambos têm
em comum? – tanto o bullying quanto o assédio moral são problemas mundiais e a
prática dessas violências trazem grande poder de destruir a autoestima da
vítima e na maioria dos casos essas vítimas tem a tendência de não reagir ou
falar sobre a agressão que estão sofrendo.
Apesar da
expressão bullying ser utilizada também como assédio é importante distinguir
entre ambos, pois o assédio moral é mais utilizado para se reportar ao ambiente
de trabalho enquanto que o bullying é mais indicado para as hostilidades que
acontecem no ambiente escolar, mas que também pode ser chamado de assédio
escolar.
O fato é que em
ambos os casos tais práticas constituem um fenômeno internacional e não são
recentes, refletem no sistema de saúde, pois predominará doenças como a
depressão, doenças psicossomáticas e outros danos psíquicos, e em casos de
crianças e adolescentes esses traumas poderão influenciar nos traços da
personalidade, e em alguns casos chegando ao suicídio. A questão é que tais práticas devem ser combatidas firmemente pelos pais, professores, alunos, colegas de trabalho, etc de forma a incentivara solidariedade, o respeito, a tolerância, a comprender os diferentes,propondo diálogospara incentivar essas condutas positivas, para evitar a ocorrencia de bullying e assédio moral, pois constitutem violência psicologica, muitas vezes físicas também e os danos causados não se restringem somente as vítimas, mas atingem a família, o ambiente escolar, o ambiente escolar, o ambiente de trabalho, e, isso irá refletir aos poucosno sistema de saúde, na produtividade e via de consequencia na economia do país.
Artigo da Dra. Débora Dittrich
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